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O que o e-commerce de 2022 pode nos ensinar

Em 2022, o e-commerce vivenciou o desafio de conseguir manter os elevados números de vendas em função da aceleração digital provocada pela pandemia da Covid-19. A tarefa é complexa, porque as pessoas não estão mais impedidas de ir às lojas físicas, e o cenário econômico ainda não é dos melhores.


Veja o que você pode aprender com tudo o que aconteceu no e-commerce em 2022 para melhorar o seu desempenho no próximo ano:


Aparentemente, o e-commerce tem conseguido se posicionar no varejo como uma boa alternativa de compra. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o primeiro semestre de 2022 registrou um faturamento de R$73,5 bilhões. O valor é animador, pois revela um aumento de 5% em comparação com o mesmo período de 2021.


Já no terceiro trimestre de 2022, a Nuvemshop divulgou um relatório que revela o aumento de 17% no faturamento do e-commerce em relação ao mesmo período de 2021. Luiz Natal, gerente de e-commerce e desenvolvimento de plataforma, afirma que, apesar da economia incerta, o e-commerce tem colhido resultados promissores, mostrando a importância da digitalização nos negócios. Os setores mais procurados no e-commerce são moda, acessórios, saúde & beleza. E o cartão de crédito segue sendo a principal forma de pagamento, enquanto o Pix ocupa o segundo lugar.


Os resultados do e-commerce em 2022 nas principais datas comemorativas

O e-commerce precisa lidar com a dinâmica da sazonalidade. Por meio dela, é possível desenvolver campanhas assertivas, além de melhorar o direcionamento dos produtos, bem como das promoções que serão exploradas em determinada época do ano. Nessa realidade, as datas comemorativas como Dia das Mães, Black Friday e Natal são importantes referências.

Confira um breve resumo sobre os resultados das vendas do e-commerce nas principais datas comemorativas:

  • Dia do Consumidor (março): A data apresentou um crescimento de 22% em comparação ao ano anterior. O faturamento foi de R$722 milhões, sendo o ticket médio de R$491. Os dados são da Neotrust, empresa que monitora o e-commerce brasileiro.


  • Páscoa (abril): Na Páscoa de 2022, o e-commerce conseguiu novamente resultados positivos em comparação ao ano anterior. O aumento de 8,8% gerou um faturamento de R$6,5 bilhões ao e-commerce brasileiro, segundo dados da Neotrust. Os resultados superaram as expectativas, principalmente se considerarmos que o chocolate este ano estava mais caro do que em 2021.


  • Dia das Mães (maio): O Dia das Mães segue sendo uma das datas mais relevantes para o varejo e este ano não foi diferente. O e-commerce faturou R$142 milhões, segundo levantamento da Nuvemshop. O número representa 6,8% no crescimento de vendas em comparação ao ano de 2021.


  • Dia dos Namorados (junho): O Dia dos Namorados de 2022 foi uma grata surpresa para o e-commerce, que acompanhou as vendas crescerem quase 3% em comparação ao ano passado. O faturamento foi de R$6,76 bilhões, segundo dados da ABComm.


  • Dia dos Pais (agosto): As vendas nos Dia dos Pais teve uma pequena queda em relação ao ano de 2021. Porém, segundo dados da Neotrust, o faturamento na data foi de R$5,9 bilhões, 3,4% abaixo do ganho no ano anterior. As categorias de moda, acessórios, beleza e perfumaria seguem sendo os principais setores de compra.


  • Semana do Consumidor e Semana do Brasil (setembro): As duas semanas são responsáveis por aquecer as vendas em setembro. A Semana do Brasil, inclusive, é considerada a Black Friday Verde e Amarela. Segundo a plataforma Nuvemshop, a Semana do Consumidor chegou a registrar um aumento de 25% no faturamento, atingindo os R$47 milhões em vendas.



  • Black Friday (novembro): Os resultados da Black Friday 2022 não foram tão positivos quanto esperado. Existem diversas variantes que podem responder pelo baixo número de vendas, desde a proximidade com a Copa do Mundo, a situação econômica do país até a instabilidade de sites no momento da compra. Segundo dados da Neotrust, este ano o número de pedidos reduziu 18%.


  • Natal (dezembro): Com a queda nas vendas da Black Friday 2022, as expectativas para o Natal também foram reduzidas. Acredita-se que será um período de lembrancinhas e presentes básicos. Antes da Black Friday, a expectativa para o Natal era de um movimento de aproximadamente R$66,6 bilhões no varejo. Fábio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), ainda afirma que, se havia uma expectativa de alta de 2,1% em vendas no Natal, essa previsão será revista para baixo, “por conta do endividamento e do custo do crédito, conforme revelaram os dados do BC. Podemos esperar uma estabilidade nas vendas para o Natal, com lembrancinhas e compras à vista”, apontou Bentes.


Razões para o setor ter sido um sucesso este ano

O cenário da pandemia foi fundamental para acelerar o hábito de compra online dos consumidores e, neste ano, esse contexto se solidificou ainda mais. Segundo o Relatório The Global Payment Report 2022, essa é uma tendência, e acredita-se que o Brasil terá um crescimento de 18% até 2025.


Existem diversas razões para explicar o crescimento do e-commerce no Brasil, desde a população jovem com experiência em tecnologia até a expansão do acesso à internet, bem como a melhora na qualidade de velocidade de conexão. Além disso, existe o fato de as pessoas terem mais acesso aos smartphones – no Brasil, 48% dos consumidores usam o celular para realizar compras (os dados são da pesquisa da Retail X – Latin America 2022).


Para completar, o investimento das lojas em tecnologia, compreendendo a importância da transformação digital e da cultura data driven, colabora para os resultados. A SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) realizou um levantamento e identificou que 87% dos varejistas comentaram como a transformação digital cooperou para o aumento do faturamento. E houve uma melhora no engajamento do consumidor em vendas digitais – aproximadamente 76% ante a 62% em 2021.


Siga os próximos passos e coloque em prática o que leu neste artigo

1. Atente-se às datas comerciais e à sazonalidade de divulgação de cada uma para converter em mais vendas.

2. Invista em transformação digital – pode ser através de uma plataforma de inteligência artificial ou cultura data driven, por exemplo. Afinal, o e-commerce é um setor que está em total crescimento no Brasil, e essas ferramentas irão lhe auxiliar a compreender o seu negócio a nível granular e em tempo real.

3. Fique atento às novas tecnologias. Como estamos no ambiente online, é imprescindível que você esteja atualizado para entregar experiências cada vez melhores para os seus clientes.

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