Em 2022, a cultura data-driven reafirmou a importância do uso dos dados para gerar conhecimento sobre os negócios e também dos clientes. Os dados são poderosos aliados no auxílio das tomadas de decisão, fundamental para ganhar velocidade no mapeamento de gaps e oportunidades. É a oportunidade de sair dos achismos e embasar o que se acha ser um feeling do mercado para informações reais e exatas sobre o comportamento do cliente enquanto navega pelas lojas online.
Segundo a pesquisa do IDC (International Data Corporation) os orçamentos de TI na América Latina, aumentaram 47% de investimento. Esta porcentagem mostra como as empresas se mantiveram dispostas a investir na cultura de dados, analytics e inteligência artificial. Para André Novo, Country Manager do SAS no Brasil, é a comprovação de como “parte do mercado nacional já sabe que só conseguirá conhecer melhor seus consumidores por meio de soluções robustas de análise de dados”.
A fala de Novo vai de encontro com a valorização do varejo em relação às informações oferecidas pela cultura data-driven, afinal de contas, há uma melhora na manutenção dos laços criados com o cliente. Para Murilo da Costa, diretor de Customer Experience da SAP Brasil, a interação precisa e com qualidade gera uma experiência de compra única.
“A tecnologia permite entregar a partir disso uma página com recomendações melhores, mais adaptada ao cliente, mais contextualizada com o seu momento de navegação: é possível entender o momento dele e oferecer opções atreladas à busca, ainda que seja diferente do comportamento dele até agora”, afirma Costa.
Como a cultura data-driven impulsionou o e-commerce durante esse ano
É notável que o período da pandemia foi imprescindível para o crescimento do e-commerce, como consequência o consumidor está cada vez mais à vontade para comprar online. De acordo com dados da Neotrust, o comércio digital movimentou cerca de R$39,6 bilhões nos primeiros meses de 2022.
Por conta desse crescimento, as empresas estão em constante busca por aprimorar suas estratégias digitais para criar uma jornada de compra fluída e sem atritos. Em um mundo em que a jornada de compra se tornou omnichannel, o desafio é estar presente nos principais canais em que seu cliente está. Isto porque, a cultura data-driven proporciona melhor entendimento de quais momentos o consumidor deseja que a marca se conecte com ele, em qual ambiente (online ou físico) e a frequência em que deseja ser impactado.
Por que as empresas estão implementando?
Aos poucos, as empresas estão compreendendo como o data-driven é uma cultura organizacional que funciona a partir de um processo de experimentação, com análises contínuas, para gerar cada vez mais confiança no momento de elaborar as estratégias comerciais.
A partir de situações vivenciadas (positivas ou negativas) é possível interpretá-las como insights para decisões estratégicas. Por exemplo, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) realizou mudanças rápidas para atender a demanda do consumidor na pandemia, e desde então, investe em tecnologia. Os projetos do grupo envolvem desde a navegabilidade inicial do consumidor, até a incorporação de um algoritmo no serviço de entregas.
Outra mudança no GPA foi o investimento na criação de uma base tecnológica moderna e inteligente dentro da nuvem do Google. O head do Google Cloud Brasil, Marco Bravo, compartilhou que ao unir o compromisso com a inovação do GPA e a tecnologia de nuvem do Google é possível ajudar na “construção de soluções cada vez mais alinhadas com as expectativas de conveniência do cliente do varejo alimentar.”
Bravo ainda complementa que a “tecnologia de nuvem inteligente e confiável tem sido uma aliada cada vez mais essencial para que empresas de todos os segmentos possam impulsionar a transformação digital, alcançar operações eficientes e criar melhores experiências para os clientes.”
Em resumo, as empresas estão adquirindo cada vez mais consciência de como a cultura data-driven auxilia o varejo a expandir as soluções, aumentar a eficiência e encontrar oportunidades a serem exploradas. Além da precisão no mapeamento do perfil do cliente e da jornada de compra, é de valia para todas as áreas do e-commerce já que proporciona uma visão 360° da operação.
Siga os próximos passos e coloque em prática o que leu neste artigo:
Realize um diagnóstico da sua empresa para avaliar quais devem ser os primeiros passos para implementar uma cultura data-driven. Caso já tenha, avalie se os dados coletados passam por uma interpretação produtiva.
Invista em comunicação, treinamentos e plataformas que ajudem na fácil compreensão dos dados e para que os setores tenham sinergia para aproveitar todos os benefícios que os dados oferecem.
Utilize as informações originadas dos cruzamentos de dados para ter insights e criar estratégias assertivas para o seu negócio.
Faça testes com frequência para otimizar ainda mais os seus resultados.
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